25/01/10

Acróstico nº12

É verdade. É mesmo assim que começa esta história, com um grande choque…
Estava eu agarrado ao meu pai a vê-lo consertar qualquer coisa, que eu não sabia bem o que era, mas que tinha o nome de fusível, quando apanhei um grande choque que me transportou a esquiar e tudo, pois era o que eu tinha nos pés na altura do acontecimento, para um oásis de bonitos jardins de arbustos.
Não sei se fiquei irritado ou satisfeito com o que me aconteceu. A verdade é que não tinha dores. Uma coisa é certa …era muito diferente do que eu tinha visto até aqui. Parecia um filme sobre a vida selvagem e eu precisava de um disfarce … para poder explorar este novo espaço.
Comecei a amolar um graveto, dos muitos que estavam no chão e parti à aventura …
De repente acordei e percebi que continuava na Serra da Estrela a passar o fim-de-semana numa casinha de madeira à luz das velas…. È provável que o meu pai não tenha conseguido arranjar o fusível. Ele nunca foi muito bom nessas coisas.

Acróstico nº 11

A Minha Amiga ZEBRA

Andava eu e a minha amiga Zebra a passear à beira mar, quando de repente me deparei com um gigantesco ovo, perdido no meio daquelas rochas negras, parecidas com pés de galinha. Queria pegar nele, mas qual quê! Precisava de um guindaste com um elevador. A minha amiga Zebra, conceituada pesquisadora da vida marinha, dizia que era um ovo de tartaruga gigante. Será que era mesmo?

Acróstico nº 10

A fada Carolina e os meninos

Era uma vez uma fada, com o lindo nome de Carolina que passava a vida à janela.
Havia uma família de três irmãos pela qual ela tinha uma grande amizade. Essa família vivia numa casa, pertinho da janela da fada, no meio da floresta mágica, onde tudo, mas mesmo tudo, nascia nas árvores mais bonitas da natureza. As árvores eram tratadas com muito carinho e com a refeição de água que lhes davam todos os dias. Mas os meninos também faziam travessuras, como qualquer criança da sua idade.
A fada conhecia estes meninos, que diziam que eram gémeos, porque muitas vezes tinha que usar a sua varinha mágica para resolver os seus problemas. A última vez, e não foi há muito tempo, foi quando um dos meninos ficou com uma unhada no rosto provocada por uma brincadeira entre os meninos e um gato, não muito simpático.
O ideal foi mesmo a presença da fada….

Os Rosa Branca Rosa Vermelha

11 de Janeiro 2010

História num minuto

Aventura

Era uma vez um menino que se chamava Rui. Ele encontrou um urso bebé cheiinho de frio e resolveu pegar nele e levá-lo à procura da mãe.

Catarina
Rosa Branca e Rosa Vermelha

17/01/10

Conto

Rosa Branca e Rosa Vermelha

Era uma vez uma viúva que morava numa casa no meio da floresta. Na frente de sua casa, havia duas roseiras: Uma vermelha e outra branca.
A viúva tinha duas filhas muito lindas, doces e boas a qual deu os nomes de Rosa Branca e Rosa Vermelha.
Rosa Branca tinha os cabelos claros e longos enquanto Rosa Vermelha tinha cabelos castanhos. As duas eram encantadoras e muito boas com todos. Rosa Vermelha adorava correr pelos campos da floresta enquanto Rosa Branca preferia ajudar sua mãe nos afazeres de casa.
Sempre estavam juntas e de tão meigas e doces até as corças e veados pastavam tranquilamente ao lado delas.
Durante o inverno, as meninas costumavam reunir-se em frente a lareira com sua mãe enquanto esta lia algumas histórias.
Certa noite, quando fazia muito frio e a floresta estava coberta por neve, escutaram uma batida na porta.
- Abra a porta Rosa Vermelha – disse a mãe.
A menina obedeceu achando ser algum viajante perdido no meio da floresta. Mas para sua surpresa, deparou-se com um enorme e assustador urso.
- Não tenha medo – disse o urso. - Eu não vou machucar você! Estou congelado de tanto frio! Posso me esquentar um pouco?
- Oh pobre urso ! - Exclamou a mãe. - Entre e fique perto do fogo para se aquecer.
- Não precisam ter medo meninas! O urso não fará mal a vocês. Nota-se que ele é uma criatura bondosa e sincera.
Então as meninas se aproximaram do urso e aos pouco foram esquecendo do medo que ele causava até que por fim acabaram brincando e rolando pelo chão.
Após muitas brincadeiras, a mãe pediu que as meninas fossem dormir. Foram para suas camas e o urso ficou deitado próximo à lareira também.
Logo pela manhã, o urso partiu.
E assim, todas as noites daquele Inverno, à mesma hora, o urso voltava para a casa das meninas e brincava com elas se aquecendo ao calor da lareira. A mãe já nem mais trancava a porta da casa antes do urso chegar...
Finalmente, chegou a primavera, e mais uma vez o sol aqueceu a terra e derreteu a neve. As árvores começavam a brotar novamente e os pássaros iniciavam seus ninhos.
Preciso partir agora. - Disse o urso. - E não voltarei antes do final do verão.
- Oh querido urso! Fique aqui connosco! - Pediu Rosa Branca que gostava muito dele - Para onde você vai?
- Tenho que ficar na floresta para guardar os meus tesouros pois alguns anões dessa floresta são muito maus e até mesmo ladrões.
- E eles não roubam no inverno? - Perguntou Rosa Vermelha.
- Não. Antes que o inverno chegue, eles vão para baixo da terra e ficam aguardando o sol da primavera. Aí então, nada está seguro pois o que os anões roubam nunca mais se encontra!
As meninas ficaram muito tristes ao ver seu amigo partindo, mas ele parecia ter muita pressa. Na correria de ir embora, acabou enroscando seu pelo no trinco da porta. Quando viram o pelo duro e grosso no trinco da porta observaram que por debaixo daquele pelo escuro, havia um brilho dourado. Antes mesmo que as meninas falassem com ele, já havia desaparecido pela floresta.
Durante o longo inverno a família tinha gasto toda a lenha e por isso, Rosa Branca e Rosa Vermelha resolveram ir à floresta colher alguns gravetos.
Enquanto caminhavam, viram um enorme tronco de árvore caído no meio da floresta e alguma coisa que pulava de um lado para outro. Ao se aproximarem daquele tronco, viram que um anãozinho lutava para soltar sua barba que havia ficado presa debaixo daquela árvore.
- Não fiquem aí paradas! Venham me ajudar! - gritava o anão nervoso.
- Mas o que foi que aconteceu? - Perguntou Rosa Vermelha.
- Estava tentando cortar esta árvore para conseguir lenha, quando fiquei preso. - Rápido ! - Disse ele.
- Vou procurar ajuda! - Disse Rosa Vermelha
- Não há tempo, sua tola ! Faça alguma coisa! Gritava o anão muito irritado.
Então, Rosa Branca, vendo aquela agonia, tirou uma tesourinha do bolso de seu vestido e cortou a pontinha da barba do anão.
Muito irritado, ele pegou uma sacola cheia de ouro que estava ali perto e sem agradecer foi embora resmungando.
Alguns dias se passaram, quando Rosa Branca e Rosa Vermelha estavam indo ao riacho para pescar um peixe para seu jantar, quando viram que a água estava agitada e que algo estava acontecendo por lá.
Quando se aproximaram, viram mais uma vez o anãozinho preso com sua barba enroscada no anzol.
- O que estás fazendo? - perguntou Rosa Branca. - Vai pular na água? Cuidado que neste lugar o riacho é fundo!
- Será que você não percebe que estou preso, sua tola ! - disse ele muito irritado.
Não havia outra coisa a fazer senão cortar mais uma vez a barba dele. Com um tesourada rápida, Rosa Branca libertou o anão.
- Sua miserável! - gritava ele. Você desfigurou meu rosto! Primeiro corta a pontinha e agora corta quase metade de minha barba!
Livre daquele anzol, o anão curvou-se e apanhando um saco cheio de pérolas e pedras, foi embora sem nenhum agradecimento pela ajuda das meninas.
Algum tempo depois, a mãe de Rosa Branca e Rosa Vermelha mandou que elas fossem à cidade para comprar agulhas, linhas, rendas e fitas.
No caminho, viram um pássaro enorme que voava em círculos sobre um campo. De repente, escutaram gritos e correram para próximo do pássaro para ver do que se tratava. Para horror das meninas, o pássaro estava agarrando o anão que tentava com toda sua força se desprender das garras do pássaro. AS bondosas meninas correram e agarraram o anão lutando com o pássaro até que finalmente conseguiram espantá-lo e livrar o anão.
- Suas desajeitadas! - berrou o anão. - Não podiam ter sido mais cuidadosas? Olhem o que fizeram com minhas roupas!
Pegando um saco cheio de pedras preciosas, sumiu entre as pedras de uma enorme caverna.
Na volta da cidade, as meninas passaram novamente pela caverna onde o anão havia entrado e qual não foi a surpresa delas quando viu que ele estava lá com todo o seu tesouro espalhado pelo chão.
- O que estão olhando? - perguntou o anão com uma voz esganiçada e o rosto transtornado pelo ódio. - Vamos! Desapareçam daqui! Berrou ele.
Neste instante, um rugido ecoou pelo campo e imediatamente apareceu um urso, vindo do meio da floresta. O anão de um salto de tanto pavor, mas antes mesmo que pudesse fugir o urso colocou sua enorme pata sobre a cabeça do anão que caiu morto.
Muito assustadas as irmãs saíram correndo, mas o urso as chamou:
Rosa Branca! Rosa Vermelha! Esperem! Não tenham medo, não vos farei mal!
Elas se viraram e viram que era o mesmo urso que passara todo o inverno com elas.
Felizes pela volta do urso, davam gritinhos de alegria em volta dele quando de repente, a pele do urso caiu ao chão e diante delas estava um lindo e jovem rapaz, vestido com roupa de príncipe.
- Sou o filho do rei ! - Disse ele. E fui enfeitiçado por aquele anão malvado que roubou todo o meu tesouro obrigando-me a vagar pela floresta como um urso selvagem. Somente a morte do anão quebraria o feitiço. Agora estou livre! - Comemorava ele.
Se não fossem vocês por terem me ajudado durante o rigoroso inverno, eu teria morrido. Sou muito grato a vocês!
Logo, os três foram até a casa das meninas e lá contaram para a mãe delas o que havia acontecido.
O príncipe precisava voltar para o castelo para ver seu pai. Mas prometeu que voltaria.
Quando voltou, trouxe consigo seu irmão. O príncipe acabou pedindo a mão de Rosa Branca em casamento e seu irmão pediu a mão de Rosa Vermelha. Os felizes casais foram morar no castelo e levaram junto a mãe das meninas, que plantou na entrada do castelo uma roseira branca e outra vermelha. Todos os anos, as rosas dão flores e alegram o jardim do castelo.

Texto adaptado dos contos dos Irmãos Grimn

Canção

"Uma mulher viu uma pequena rosa
Floresceu ali no alto brilhante
Ela pediu ao seu amor
Se ele a podia ir buscar

Ela quer e assim terá que ser
Assim foi e assim sempre será
Ela quer, esse é o hábito
Ela consegue tudo o que quer

Poços fundos têm que ser escavados
Se alguém quiser água límpida
Rosa Vermelha, oh Rosa Vermelha
As águas profundas não são calmas
(Refrão)

O rapaz sobe a montanha em tormento
A
vista para ele é indiferente
Apenas a pequena rosa está em seu pensamento
Ele a trará para o seu amor

Ela quer e assim terá que ser...
(refrão)

Perto das suas botas uma pedra se parte
Não quer estar mais no rochedo
E um grito deixa que todos saibam
Ambos caem em direção ao chão

Ela quer e assim terá que ser...
(refrão)"

Irmãos Grimm, "Rosa Branca e Rosa Vermelha"

TEATRO ROSA BRANCA E ROSA VERMELHA


Peça de Ruth Salles

Dramatização de um conto de fadas dos irmãos Grimm. Sugerida para crianças de 7 anos.

Personagens:
Coro, Mãe, Rosa-Branca, Rosa-Vermelha, Urso (Príncipe), Gnomo, Águia, Irmão do Príncipe.

O coro fala, enquanto a mãe borda, sentada na cadeira de balanço, e cada menina rega sua roseira, uma de rosas brancas, outra de rosas vermelhas. Alguma coisa representa uma lareira. Há duas vassouras no canto. Isso se passa do lado esquerdo, porque à direita será o campo por onde as meninas vão andar e se encontrar com o gnomo.

Coro :
– No monte mais alto, no meio da mata,
numa casa branca coberta de telha,
moram Rosa-Branca e Rosa-Vermelha.
Moram com a mãe a rola e o cordeiro,
cada Rosa cuidando de sua roseira.
A luz da lanterna na sala luzia.
Lá fora da casa a neve caía.

Mãe:
– Quanto frio faz lá fora!
Rosa-Branca, feche a porta.

(Depois que Rosa-Branca faz de conta que fecha a porta, ouvem-se batidas.)

Coro:
– Pam! Pam! Pam!

Mãe:
– Alguém bateu com força agora!
Rosa-Vermelha, abra a porta!

Rosa-Vermelha (vai depressa abrir, e o urso entra):
– Ah, é o urso de pêlo grosso!
Todo inverno ele fica connosco.

Urso (chegando-se à lareira):
– Vim aquecer-me junto do fogo.

Mãe:
– Oh, está cheio de neve o seu pêlo!
Vão, minhas filhas, vão varrê-lo!
(As duas o varrem com animação demais.)

Urso:
– Rosas, Rosas, é bom parar,
ou ao seu noivo irão matar.

(As meninas param, põem as vassouras no lugar e se sentam aos pés da mãe, que cochila. O urso se deita e dorme, para significar a passagem do tempo.)

Urso (acorda e se espreguiça):
– A neve acabou. Já é primavera.
Já saem os gnomos de suas cavernas,
para roubar!
Adeus! Meu tesouro eu vou vigiar. (Levanta-se e vai saindo pela porta)

Rosa-Branca:
– Mãe! Ele cortou-se na porta, coitado!

Rosa-Vermelha:
– Eu vi, Mãe, eu vi
por baixo da pele um brilho dourado!

Mãe (dando uma moeda a cada menina):
– Minhas filhinhas,
quando de novo ele aparecer,
nós vamos saber.
Agora, vão à cidade comprar
fitas e linhas, para a Mãe costurar. (As meninas saem de mãos dadas.)

Rosa-Branca:
– Até a cidade vamos andar.
No meio da mata vamos passar.

(Elas vêem o gnomo, com um saco do lado e a barba presa num pedaço de lenha.)

Rosa-Vermelha:
– É um gnomo com a barba imprensada
na lenha cortada.

Rosa-Branca:
– Ele se sacode sinuosamente
como uma serpente!

Gnomo (sempre zangado):
– Socorro! Socorro! Que fazem paradas?

Rosa-Vermelha:
– Vamos já salvá-lo! Pobrezinho,
prendeu-se sozinho! (Elas o soltam e tentam ajudá-lo com o saco.)

Gnomo:
– Em meu saco de ouro não ponham a mão!
Estão querendo me roubar ou não?

Rosa-Branca:
– Não! Só queríamos ajudar!

(O gnomo sai para depois aparecer do outro lado com outro saco.)

Rosa-Vermelha:
– Até a cidade vamos andar.
Na beira do rio vamos passar.

Gnomo (com a barba presa de novo):
– Ai, ai, ai! Eu estava pescando.
Fiquei ofuscado com a luz do sol
e prendi a barba na ponta do anzol!

Rosa-Vermelha:
– É o gnomo nosso amigo
passando por outro perigo!

(As duas correm a soltá-lo e tentam ajudá-lo com o saco.)

Gnomo:
– Em meu saco de pérolas não ponham a mão!
Estão querendo me roubar ou não?

Rosa-Branca:
– Não! Só queríamos ajudar!

(O gnomo sai para aparecer do outro lado com outro saco.)

Rosa-Vermelha:
– Até a cidade vamos andar.
Por um descampado vamos passar.

Gnomo (com a barba presa pela águia):
– Ai, ai, ai!...

Rosa-Branca:
– É o gnomo que gritou.
A grande águia o agarrou!

Rosa-Vermelha:
– Nas garras da águia ele chora.
Ainda bem que chegamos agora.
(Elas o soltam e tentam ajudá-lo com o saco.)

Rosa-Branca:
– Que saco tão grande e pesado...
Parece estar bem recheado!

Gnomo:
– Nas pedras preciosas não ponham a mão!
Estão querendo me roubar ou não?

Rosa-Branca:
– Não! Só queríamos ajudar!

(Elas saem por um lado e voltam por outro. O gnomo também sai e volta com um saco maior ou com os três sacos.)

Rosa-Vermelha:
– Lá da cidade estamos voltando
e pelas rochas vamos passando.

Gnomo (despejando o saco):
– A esta hora ninguém me verá,
e meu tesouro vou espalhar!

Rosa-Branca (admirada):
– O sol poente brilha diferente
sobre aquela rocha!

Rosa-Vermelha (espantada):
– É ouro! São pérolas!
E pedras preciosas!

Rosas e Gnomo (vendo aparecer o urso):
– Oh, oh, oh!

Gnomo (todo amável):
– Querido urso, não vá me bater!
Eu lhe dou tudo que aqui você vê.
Mate as meninas, que são gordinhas para comer...

(O urso expulsa o gnomo, e as Rosas começam a fugir. Cai a pele do urso e aparece o príncipe com um traje dourado. Ele chama as Rosas.)

Príncipe:
– Rosa-Branca! Rosa-Vermelha! (Elas voltam depressa)
Sou o príncipe encantado
que enfim se desencantou.
Esse gnomo tão malvado,
que me havia enfeitiçado,
o meu tesouro roubou.
Até poder derrotá-lo,
eu estava condenado
a vagar assim no mundo
como um urso bem peludo.

Todos (cantam):
"Nosso príncipe que voltou
com a Rosa-Branca já se casou.
Seu irmão também vai chegar.
Com Rosa-Vermelha se casará.

Repartiram aquele tesouro:
as pedras, as pérolas e o ouro.
Com a mãe, a rola, o cordeiro,
foram felizes a vida inteira."